Leia escutando: The Lumineers- Ophelia
Nós sempre escutamos sobre o amor. Que um dia vamos amar tanto alguém até delirar e dizerem que virou doença. Na verdade nunca vamos entender bem essa coisa de amar alguém. Essa coisa de se preocupar mais com ele/ela do que com você mesmo. Podemos pegar todos os sintomas... Que seja, o amor sempre vai acender aquele fogo dentro de nós.
Eu me imaginei andando no vácuo das nossas almas impuras próximas ás nossas entranhas negras e podres. Era escuro. As estrelas não acendiam para nós. o universo parecia não conspirar ao nosso favor. Eu não conseguia te ver nem se quisesse e você não dizia nada. Por 5 minutos nos imaginei no vácuo, entre duas almas. Era quieto, sem vida e angustiante...Era a falta de conexão entre elas. Dava tamanho ao imenso escuro entre os universos.
Depois de muito tempo eu acho que descobri por quem bate esse meu coração tão traiçoeiro e confuso. Dessa vez prevejo que vá valer a pena.
Chega a soar estranho, mas eu vivo eternamente apaixonada. Não por alguém específico. Começou quando mergulhei no meu ser. No avesso do meu ser. No meu próprio universo. Na galáxia que posso chamar de minha. E para isso, eu não precisei me encolher, me moldar, emagrecer ou me espremer. Confesso que ao primeiro contato ficou bem apertado, mas não há nada que uma mente aberta não faça. Bem.. Mas acho que você me entendeu. Não precisei fazer força para conseguir entrar.
Aproveitando que estava no mesmo lugar de sempre, relendo alguns livros sobre mim. Decidi voltar a uns tempos atrás, relembrando momentos, karmas e declarações minhas que até hoje não me fiz o favor de terminar e ás esconder de todo mundo em um lugar tão óbvio. (
Talvez esteja mesmo precisando de algo daqui para abaixar o incêndio do presente, descarregar todas essas coisas maldosas sobre viver e as preocupações com o amanhã.
Sabe o que eu queria, mesmo? Queria subir em um lugar bem alto, o mais alto possível e poder gritar qualquer coisa, sem nome sem conjugação ou sem existência. Só não queria me sentir pressionada. Seria um favor feito ao interior de minha pessoa. Sempre preciso me lembrar que não mudei em tanta coisa assim, ainda sou aquela criança crente que um dia poderá chover bala de goma. E que um dia irei achar o famoso "príncipe encantado" de quem todo mundo fala. Eu não duvido de nada. Só duvido se aquela música com uma mega explosão tocar e ocasionalmente eu for convidada para cantar o refrão o mais alto possível.
Não me apaixonei por mim mesma. Me apaixonei por todo mundo. Literalmente pelo mundo. Pelo universo e consequentemente pelo interior do ser humano, até por aqueles que não merecem serem vistos. Essa paixão vem sendo cultivada, transbordada, espirrada e derramada em pessoas erradas há muito tempo. Me desculpem. Mas eu ainda vou olhar o universo de outra forma.
0 Comentários