Ser transitivo





A explosão de mim,
leva a conclusão 
da melodramática presente 
falta de sanidade 
Larguei tudo que me pesa
Restou, só eu

Eu sou aquele que se autodrestrói
Sou um vulcão interno sem época de erupção 
Sou a fome que passa de casa em casa 
O deixa pra lá do espírito 
A primeira desistência do inocente 
E a presa do lobo

Fatores externos não importam
Interno é o que me codifica
Esse olhar desesperador 
Escondido por lubrificação da iris sem fundo

Chorei rios
Lagos
mares 
e oceanos
o que faço de mim?
Não sei;
me cubro, recubro, deixo de lado, ou
culpo a lua por essa sucessão de  crises endotérmicas 

A culpa é do que acontece aqui
Tóxico a si mesmo 
Tóxico a qualquer ser 
que tente mergulhar em mim

Ameaça psilogicamente difícil 
de ser apenas
RESSACA

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