Leia escutando: Tempos Modernos
Eu,
me corroí por tanto tempo depois que não éramos mais nada;
meu corpo queimou por dias e ficou exposto ao sol
meu coração esteve esticado ao varal por meses
Agora,
olho entre as entranhas da sua alma e vejo uma débil névoa portando o meu último nome grafado em letra cursiva, talentosamente desenhado
Consigo de alguma forma,
presenciar o seu findado
Eu não sei se é você quem quer esquecer
Por que,
Depois de tantos anos
eu aprendi a aceitar partes de mim que nunca havia conhecido
E sem negação
aceitei uma pequena fração de você aqui dentro
São marcas
que,
agora,
de cabeça fria,
cogito não sucumbir a sua cicatrização
Deixo-a exposta,
para o próximo
que aceite não fecha-lá
0 Comentários